Dos 33 mineiros resgatados na mina San José, no norte do Chile, 32 já receberam alta médica, um a mais que na sexta-feira, e apenas um continua internado devido a um problema dentário, informou este sábado Jorge Díaz, chefe médico da Associação Chilena de Segurança (ACHS), em Copiapó.
Zamora "tem uma lesão traumática nos dentes anteriores, razão pela qual pediu para permanecer na Clínica Atacama", disse Díaz.
A mãe de Víctor, Nelly Bugueño, afirmou que o filho receberá alta na terça-feira.
"Víctor sai na terça-feira. Quero que esteja bem e que descanse. Ele está muito cansado. Todos queremos que se recupere bem e Deus queira que ele saia na terça-feira", disse Bugueño.
Quanto ao mineiro que recebeu alta este sábado e que na sexta-feira se queixava de vertigens e enjoo, o doutor Díaz explicou que ele "se encontra em perfeitas condições".
Mariana Bazo/Reuters | ||
Trabalhador resgatado Jose Henriquez durante visita à mina San José, em Copiapó (Chile); apenas um mineiro continua no hospital |
Doze dos 33 mineiros resgatados se submeteram, neste sábado, a exames de rotina, feitos nas dependências da ACHS, procedimento que se repetirá para acompanhar sua evolução nos próximos dias.
Díaz explicou, ainda, que se espera que os mineiros não sofram de síndrome de estresse pós-traumático, graças ao trabalho prévio feito pela equipe de psicólogos que os acompanhou enquanto estiveram presos na mina.
"Não temos um conhecimento muito claro de em quanto tempo a síndrome pós-traumática pode se apresentar", disse.
"Acreditamos que, no caso deles, é pouco provável que ocorra, já que o modelo de apoio médico e psicológico tendeu, fundamentalmente, à prevenção", explicou.
Os médicos da Associação Chilena de Segurança, encarregada dos cuidados médicos e psicológicos durante o período em que os mineiros estiveram na mina, calculam que em mais um mês eles poderão voltar ao trabalho.
"Em aproximadamente 30 dias depois da alta hospitalar, poderíamos ter clara a situação e começar a dar alta [da licença médica] de forma progressiva para que realizem atividades de trabalho progressivamente", disse Díaz.
OUTROS PAÍSES
China, Equador e Colômbia se deparam com problemas em minas (que chegaram a registrar um total de 22 mortos), logo após midiático resgate dos 33 mineiros que passaram 70 dias soterrados no Chile.
Na China, uma explosão em uma mina de carvão resultou na maior contagem de mortos: de acordo com contagens oficiais até o fechamento da reportagem, o número chegava a 20. Grupos de resgate procuravam outras 17 vítimas desaparecidas.
AP | ||
Trabalhador do resgate atua na mina de Minesadco (Equador); depois de resgate no Chile, outros 3 países encontraram problemas |
O acidente aconteceu às 6h da manhã, no horário local, em um poço de propriedade da Pingyu Coal & Electric, com sede na cidade de Yuzhou, e operações de resgate estavam a caminho, disse a agência de notícias Xinhua. Depois da explosão, 239 mineiros conseguiram regressar à superfície.
As minas da China, sob forte pressão para aumentar a produtividade, são consideradas as mais perigosas do mundo. No ano passado, 2.631 pessoas morreram nelas.
Já no Equador, grupos de socorristas conseguiram chegar neste sábado à galeria da mina onde estariam quatro mineiros presos desde a madrugada de sexta-feira (15), segundo informou o Comitê de Crise criado pelo governo para enfrentar a situação de emergência.
Na Colômbia, equipes de socorro anunciaram neste sábado a suspensão dos trabalhos de busca a dois trabalhadores presos há quatro dias em uma mina de carvão, ao mesmo tempo em que se anunciava a morte de outros dois mineiros em desabamentos.
Os mineiros desapareceram na terça-feira a 60 metros de profundidade na jazida de La Esperanza, no município de Tasco, província de Boyacá, a 200 km a noroeste da capital colombiana.
Segundo o ministério do Interior e Justiça, dois mineiros morreram nos últimos dias e outro ficou ferido em outros dois acidentes no noroeste e no centro do país andino.
Por:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/815678-apenas-um-mineiro-permanece-internado-no-chile-32-ja-receberam-alta.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário